quinta-feira, março 23, 2006

IX

E eis que é chegado um novo ano! Um novo alento, uma nova esperança ou um novo suspiro.
Mais do que a transição do dia 31 para o dia 1, chegamos a um ponto de balanço, de novas resoluções que serão sempre adiadas, ou decisões que sempre havemos de empurar para um futuro inexistente. Temos 1 ano para cumprir, e sempre poderá passar para o próximo...

Escondemo-nos sobre uma carapaça de falsas perspectivas, desejamos que o nosso mundo gire a um novo ritmo, no entanto jamais teremos a coragem de alterar as pautas. Os instrumentos continuam melancolicamente a arrastar-se em sustenidos e dós menores, tornando o dejavú parte integrante da nossa sinfonia. MUDA-ME ESSA MUSICA, POR FAVOR!

Muda, por vezes ela muda... Efusivamente alegro-me porque para algumas pessoas muito queridas, este ano a sua musica vai mudar. Será melhor, pior, igual? Não, igual nunca será. Alguns violinos a mais no ínicio, com permeio de tambores, mas seguramente a musica vai ser alterada.

Casamento! Deveria ser uma palavra acrescentada nos alfarrábios de Medicina na secção de fobias. Não será propriamente ao acto em sí, mas ao facto de dois seres humanos decidiram respeitar normas impostas pela sociadade, simplesmente porque existem um número maior de afinidades que os unes. Alguns pobres de espírito, gostam de fechar o quarto da receosa realidade e resumem esta complexa interacção a uma palavra bastante fútil; Felicidade!!! Nunca comprei....

O mundo assemelha-se a um puzzle, em 3 biliões de peças tentamos encaixar duas! "Os olhos ao pé da boca, mas isso não encaixa!" A pretenção será demasiada, ou tal a teoria da evolução das espécies encontrará os mais adaptados e menos revoltados? Penso que o problema não será acreditar que as peças encaixam, mas sim desistir de acreditar. Acham que D. Quixote acreditava mesmo nas suas grandes batalhas edílicas? Até não faltava a musa imaginária da procura infinita!!! Não a teremos todos?

Vale a pena fechar os olhos e latejar numa supérfula alegria? Fica ao critério de cada um... Agora sinto um aperto no peito de alegria, algumas peças vão encaixar e eu acredito no ínicio do puzzle. Partem para uma nova luta, novas descobertas e desafios. Tudo muda, a vantagem poderá ser aproveitar o que muda para melhor.

Felicidades para quem tem a coragem de mudar....

Paulo Jorge Rua
Gotemburgo, 12 Janeiro 2002

Obrigada pela mensagem Sra. Dra.
Vivo o Muerto?
>
> Muere lentamente quien se transforma en esclavo del
> hábito, repitiendo todos los días los mismos
> trayectos, quien no cambia de marca, no arriesga el
> vestir un color nuevo y no le habla a quien no conoce.
>
>
> Muere lentamente quien hace de la televisión su guru.
>
> Muere lentamente quien evita una pasión, quien
> prefiere el negro sobre el blanco y los puntos sobre
> las "ies" a un remolino de emociones, justamente las
> que rescatan el brillo de los ojos, sonrisas de los
> bostezos, corazones a los tropiezos y sentimientos.
>
> Muere lentamente quien no voltea la mesa cuando está
> infeliz en el trabajo, quien no arriesga lo cierto por
> lo incierto para ir detrás de un sueño, quien no se
> permite por lo menos una vez en la vida, huir de los
> consejos sensatos.
>
> Muere lentamente quien no viaja, quien no lee, quien
> no oye música, quien no encuentra gracia en si mismo.
>
> Muere lentamente quien destruye su amor propio, quien
> no se deja ayudar.
>
> Muere lentamente, quien pasa los días quejándose de su
> mala suerte o de la lluvia incesante.
>
> Muere lentamente, quien abandona un proyecto antes
> de iniciarlo, no pregunta de un asunto que
> desconoce o no responde cuando le indagan sobre
> algo que sabe.
>
> Evitemos la muerte en suaves cuotas, recordando
> siempre que estar vivo exige un esfuerzo mucho mayor
> que el simple hecho de respirar. Solamente la ardiente
> paciencia hará que conquistemos una espléndida
> felicidad.
>
>
> Pablo Neruda

Sem comentários: