quinta-feira, março 23, 2006

IV

Perdoem-me caros amigos a ausência prolongada dos meus desvaneios incoerentes! MIA CULPA...

Para alguns um bravo descanso, para outros alguma saudade encorada num porto longínquo. Por onde começar?
Pelo ínicio claro, não da minha vida pois aí virá o livro...

Durante um dos muitos fins de semana "esticados" que tivemos recentemente, resolvi deliciar-me com um dos meus passatempos favoritos, viajar! Perdão, conhecer! Decidi na companhia de um "amigo" português que encontrei em colónia, visitar Copenhaga. Claro que adorei a cidade, um "shaker" europeu e americano, tudo bem batido com bastante gelo escandinavo. Pernoitamos num dos imensos "private acomodations" que aí existem, conceito ainda não existente em Portugal, e que não passa de dormir numa casa particular em que alugam alguns quartos aos turistas. A primeira ideia que surge no nosso querido país é: Que horror, alugar a minha bela casinha aos turistas!!! A ideia chegará daqui a uns anos como todas as outras.

Com uma cidade maravilhosa para visitar (aconcelho-vos o porto, a cidade multicultural, os maravilhosos sítios para passear junto ao mar, os castelos fabulosos fora da cidade, enfim uma semana!!) tudo teria um final feliz excepto pelo facto de a minha vida ter totalmente desaparecido quando um brilhante amigo do alheio resolveu aliviar-me do peso enorme da minha carteira!
Não podem imaginar o sentimento de "violação" que se revolta dentro de nós. TUDO, FOI TUDO!!! Ficas sem identidade, sem dinheiro, sem passado, sem futuro.....E quando pensas na pessoa que fez isto!! "Qe te folle un pesch espada" Como um amigo meu espanhol diz, e perdoem o meu espanhol. No final, vale a pena visitar a cidade, é tudo bastante caro ( uma cerveja no mínimo 1000 "paus" num bar normal) a noite é muito americanada com musica ao vivo (essencialmente guitarra) em quase todos os bares, com umas "deusas" nordicas a servir para condizer....Levem muito dinheiro e boa disposição! Inglês na ponta da lingua, claro! O Hard Rock Café é "Baril"...

Assim, depois de me aventurar a conhecer novos país, resolvi no seguinte fim de semana, partir à descoberta da minha nova casa, Alemanha! Peguei no guia de sugestões do Lonely Planet que o meu companheiro de viagem espanhol tinha, e decidimos após ponderada reflexão (moeda ao ar) ir conhecer o Vale do Mosell. Para algum esclarecimento geográfico, um rio afluente do Reno que desagua a poucos quilómetros de Colónia. Bem, com uma ressaca fabulosa (sexta é noite é complicado, até em colónia, com a companhia de duas garrafas de espumante reles e mais.....) partimos no sábado de manhã na aventura Mosell.

Caros amigos, é um sítio fabulosos!!! Tudo o que imaginam da alemanha antiga está neste vale, castelos inacreditávelmente belos, vilas promenorizadamente arranjadas,mosteiros perdidos no tempo, enfim um sem número que sítios sempre com a companhia do nosso querido amigo Baco. Pois, esqueci-me de vos dizer que este vale á famoso pela produção de vinho. Claro alemão, mas não se pode ter tudo...

Assim no final do dia escolhemos repousar numa pousada de juventuda que antigamente fazia as delicias de cavaleiros e donzelas, com um mágnifico restaurante em cima da muralha onde se podia avistar grande parte do vale! Descemos para a cidade pelas colinas viniculas, e resolvemos assentar num típico "tasco" alemão bastante antigo, no qual deliciamo-nos com uma prova de vinhos inédita. O vinho é bastante frutuoso, e algum mesmo doce, mas "despues del la 3 copa, va todo!"
Após alguns (leia-se muitos) copos de vinho ingeridos, decidimos que a amostra de tampas que nos tinham presenteado não chegava para satisfazer 1,70 m de .....pessoa. Optamos por um restaurante grego! Gyros, toda a gente conhece, agora, tivemos a infeliz ideia de com toda a sabedoria vinicula que tanto eu como o espanhol possuimos (escolhemos o nome mais bonito) encomendar um mágnifico vinho....DOCE! Meu deus, que coisa horrivel. Eu já anteriormente tinha ouvido falar do famoso vinho grego (por entre sonos nas aulas de história), mas não esperava isto.

Entretanto resolvemos dar um volta pela cidade, depois de uma "beach Party" under 20, ainda por cima feias, passeamo-nos pelo centro da cidade. Foi aí que num episódio digno de "Twilit Zone" saí de repente uma mulher do bar, começa a falar alemão (nenhum de nós fala alemão) e dá-me um numero de telefone com um nome escrito, Katerine penso! A insistir para ligar! Liguei mas ninguêm atendia.... Ainda tentamos falar com a mulher mas nada! Enfim, no dia seguinte visitamos Trier, que fica cerca do Luxemburgo e têm bastantes ruínas romanas para visitar.

Bem, ainda tenho mais aventuras para vos presenter, no entanto dada a extenção desta crónica remeto para futura oportunidade, e assim "aguço" a vossa curiosidade.

Para finalizar, aconselho-vos dois "pequenos" livros que um grande amigo me recomendou, e com bastante acerto!

Primeiro, "A casa dos Budas Ditosos". Um livro totalmente escrito em Brasileiro, que o autor diz basear-se num diário que uma Sra. Brasileira lhe enviou anónimamente. Posso-vos assegurar que é absolutamente delicioso e escandaloso! A dita Sra. relata numa linguagem bastante grosseira, banal e pornográfica, as suas várias eventuras sexuais desde que a sua memória lhe resalva. Pouco aconselhável a pessoas bastante púdicas e muito recomendado para aquel(e)as que desejam alargar os seus horizontes! Alêm de ser muitissimo engraçado, claro! E fala bem dos portugueses: "..ao contrário do que se possa pensar, em Portugal fode-se muito bem!..." Até que enfim que se diz algo acertado no Brasil...

Segundo, "O silêncio erótico das mulheres casadas". Este livro pode ter duas interpretações bastante antagónicas para os homens. Por um lado aprender que de alguma forma, durante todas as relações pessoais, por vezes a mulher reprime os seus desejos e sonhos para assumir um papel de esposa perfeita e supermulher. Um aviso para todos tentar perceber que por vezes temos de solucionar os problemas e não deixar andar.
Numa outra perspectiva, é tempo de se assumir o facto que as mulheres não podem se esconder mais na imagem de esposa angelical. Tambêm cometem erros, e muitas vezes a farsa será pior quando a hipócrisia predomina.
Como é um estudo, poderá tornar-se um bocado chato a partir do meio pois torna-se repetitivo, no entanto convêm ficar com a ideia que nos estudo efectuados nos Estados Unidos, 40 % Homens e 30% das mulheres praticam sexo extra-conjugal, entre as quais 20% é antes dos 30 anos e nos primeiros 5 anos de casamento.Malandras!!!

Até breve caros amigos, "Höi dö"


Paulo Jorge Rua
Bruxelas - 20-06-2001

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